Encerrando Ciclos

Mais um ano termina! O fim de ano nos impele a fazermos uma retrospectiva de todas as experiências vividas neste ciclo. Esta reflexão é extremamente importante para a harmonia do nosso mundo interno, pois não podemos levar situações “mortas” para o ano que vai nascer, trazendo com ele muitas oportunidades de aprendizado, de crescimento e de felicidade. O primeiro passo para essa retrospectiva é observamos todas as nossas conquistas ao longo do ano. O quanto crescemos, os momentos felizes que vivemos, os momentos em que fizemos alguém feliz, o carinho e a atenção recebidos dos amigos ou da pessoa amada, o novo amor que surgiu, a oportunidade de trabalho tão desejada que chegou, a mudança de residência esperada, os novos amigos que chegaram, entre tantas outras coisas. Todas essas experiências constituem o seu tesouro pessoal e devem ser guardadas no fundo da alma, pois foi um presente dado pelo cósmico. Muitas vezes, por estarmos com o coração pesado pelas tristezas e decepções vividas ou por expectativas não alcançadas, esquecemos de agradecer todas essas conquistas. O reconhecimento delas e a gratidão são peças fundamentais para a nossa evolução. Quando elevamos a nossa consciência em prece, agradecendo ao cósmico pela felicidade vivida e entregando esta felicidade de coração para toda a humanidade, para a hierarquia espiritual dos Mestres Ascensos e à grande Mente Cósmica, estamos gerando uma energia de amor tão fantástica que se refletirá não apenas na nossa vida, mas em todo o universo. O segundo passo é a conscientização de que determinados hábitos mentais ou emocionais que só geraram tristeza e estagnação, devem ser eliminados definitivamente. Se a solução do problema está nas suas mãos, então tenha coragem e faça o que precisa ser feito em prol da sua felicidade. Se a solução do problema não está nas suas mãos e você já fez tudo o que estava ao seu alcance para resolvê-lo, então mantenha a serenidade no seu coração e procure colocar a sua consciência nas coisas boas que você tem na vida. Lembre-se que atraímos para o nosso mundo a mesma qualidade da vibração dos nossos pensamentos e emoções. Muitas vezes deixamos de dar um passo em direção a nossa felicidade por medo do que os outros irão pensar. Esse tipo de atitude mostra que estamos dando mais valor aos outros do que a nós mesmos. É uma atitude de desamor para com o nosso próprio Deus Interior. Mostra também que estamos cultivando uma maneira errônea de pensar e que devemos refletir melhor sobre os nossos valores e ao rumo que estamos dando às nossas vidas. A busca da nossa harmonia e felicidade não é uma atitude egoísta, pois uma vez harmonizados e felizes, essa energia se refletirá para todo o nosso meio ambiente abençoando cada pessoa que de nós se aproximar. Dê uma demonstração de amor a você mesmo dando um passo em direção a sua felicidade de cabeça erguida e peito aberto. É preciso saber a hora que uma determinada etapa da nossa vida se encerra para que outra possa surgir. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o aprendizado das outras etapas que precisamos viver. É no apego às experiências passadas, às pessoas, aos conceitos e hábitos que pautaram a nossa vida, mas que hoje estão obsoletos, que reside o sofrimento. Houve uma época em que podíamos viver sem aquela situação ou sem aquela pessoa, portanto um hábito não é uma necessidade. Lembre-se que onde há sofrimento, existe ou existiu em algum tempo uma maneira de agir, pensar ou sentir errônea. O sofrimento vem nos mostrar que algo deve ser mudado. Ninguém pode estar pleno vivendo entre o passado e o presente. As experiências do passado servem para nos ensinar algo e nos mostrar o que realmente é importante na nossa vida. Portanto devemos manter em nosso coração o saldo positivo de tal experiência e o ensinamento que ela trouxe. Sim, pois todo problema oculta uma pérola, ou seja, o seu lado positivo e o aprendizado que se tornará a chave que abrirá a porta da nossa consciência nos lançando num nível superior de evolução. Para dar esse passo maior é necessário coragem. Coragem para mudar, coragem para cortar os hábitos antigos que já não servem mais, coragem para mudar a forma de pensar e de sentir, coragem para nos relacionarmos de forma diferente, coragem de assumir que estávamos errados, coragem para assumir o que nos faz bem. Diante disso podemos perceber claramente que muitas vezes, senão todas, a felicidade é uma questão de escolha. Se nos apegamos a experiências do passado e a hábitos mentais ou emocionais que só nos trazem tristeza, sofremos. Mas se optamos por uma atitude pró-ativa diante da vida e do nosso próprio Mestre Interior, colocando nossas experiências no fogo alquímico da transmutação, para que dele ressurja a fênix alçando vôos cada vez mais altos, optamos pela felicidade. Como disse Chico Xavier: “embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”. Yara Portes